Escrito por Catarina Miranda
Se há de fato espaço demasiado,
Ao decorrer de minha existência rogo para tê-lo por mais tempo.
Ousada eu por querer comigo no espaço verde, na primavera das rosas carmim, no
cinzento recinto, o meu cordial amado que no verão passado eu senti junto dele a pior
das dores amargas.
Neste espaço, o passado vela o presente e é aí que está, o futuro perdido, inevitável no espaço.
Espaço este onde os espíritos bons e a lua vaidosa velam por nossas almas.
Ou espaço este aonde o meu querido está?
Mistério, luz, poço de lembranças, solidão, paisagem guardiã.
Rogo em prol do algo que vai além da liberdade, mas que possa se igualar com a saudade e seja irmã da confortabilidade.
Rogo que proteja e guarde ele que nos deixou seu casulo corpóreo e sereno no meio dos campos que crescem as flores do cerrado.
Aqui jaz a primavera
[Ao meu pai.]
Autora: Catarina Miranda: Aspirante à poetisa e vice – diretora da academia de Letras etras Juvenil de Araguaína (ALJUVA). Graduanda em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), campus de Araguaína, unidade Cimba. Aluna bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Fascinada por Clarice Lispector e MPB. Possui 3 poemas publicados na antologia “Poéticas Plurais jovens escritores do Norte do Tocantins” em 2023 e segue publicando seus poemas em seu Instagram: catarina_b_Miranda.
Catarina Miranda